A maioria dos peritos criminais Brasil a fora trabalha muito. Digo isso pois tenho conversado com colegas de quase todas as unidades da federação e os problemas são quase os mesmos. Mais intensos em alguns lugares, menos em outros. Mas, essencialmente, os mesmos. Vejam, não sei de um estado se quer que possua um número de peritos criminais adequado para o tamanho geográfico e a população da respectiva unidade territorial. Isso leva ao grande número de casos atendidos por perito por mês (esse número pode chegar a 120 casos/mês/perito em alguns lugares).
Sim, os governos são conscientes disso e procuram recompensar. Em São Paulo, o estado paga o tal RETP que significa Regime Especial de Trabalho Policial (apesar de ter sido carinhosamente apelidado de Regime de Escravidão em Trabalho Pericial). Outros estados também possuem mecanismos compensatórios semelhantes. No Paraná há o TIDE, ou seja, Tempo Integral e Dedicação Exclusiva como gratificação. E assim por diante.
Apesar dos pesares, há de se ter vida social. E isso pode gerar situações constrangedoras e ser motivo de piada entre os colegas. Confira no vídeo abaixo.